Se você se lembra da sua avó ou de algum filme de época quando pensa em um leque, saiba que suas referências podem ser bem mais atuais. É que o acessório dá sinais de revival, trazendo um charme todo especial a looks contemporâneos – Rihanna, por exemplo, deu pinta no lançamento de sua coleção com a Puma usando um deles…
Sua origem não é precisa, mas pesquisas apontam o Japão como responsável por criá-lo, isso lá por volta dos séculos VI e VIII. Uma outra história poética sobre o assunto é que dizem que Cupido, o deus do amor, inebriado pela beleza de sua amada Psique, furtou uma asa de Zéfiro, o deus do vento, para refrescar sua amada enquanto dormia. Não é lindo? É só dar uma pesquisada para conhecer tantas outras versões, o que só reforça um certo fascínio das civilizações pelo objeto de abano.
Se o leque foi inventado para fazer um ventinho, saiba que ele tem algumas outras utilidades como a de compor um look e até mesmo como sinalizador na paquera. Isso mesmo (rs)… Se hoje temos os emojis para resumir tudo, em outros tempos era toda uma simbologia gestual, uma verdadeira linguagem de códigos, que eu adorei descobrir:
– Leque colocado próximo ao coração: “você me conquistou…”
– Leque meio aberto pressionando os lábios: “você pode me beijar…”
– Escondendo os olhos sob um leque aberto ou passar o leque pelo queixo: “eu te amo”
– Fechar lentamente um leque totalmente aberto: “prometo me casar com você…”
– Deixar o leque apoiado sobre a bochecha direita: “sim”
– Deixar o leque apoiado sobre a bochecha esquerda: “não”
– Abanando-se devagar: “sou casada”
– Abanando-se rápido: “sou noiva”
– Colocar a alça do leque nos lábios: “beije-me”
– Carregar o leque aberto com a mão esquerda: “venha falar comigo”
Madame de Stäel, uma dama da sociedade francesa, definiu bem a importância do leque em sua época: “Há tantos modos de se servir de um leque que se pode distinguir, logo à primeira vista, uma princesa de uma condessa, uma marquesa de uma routurière. Aliás, uma dama sem leque é como um nobre sem espada.”
Muito usado em países da Europa e da Ásia, o leque começou a ser difundido pelas damas da alta sociedade, mas logo se popularizou. No Brasil, a moda chegou em meados do século XIX, com a chegada da família real portuguesa e parte da corte.
Apenas como curiosidade, D. João VI chegou a introduzir leques comemorativos de momentos importantes, que eram feitos na China e importados para o Brasil.
Principalmente agora no verão, que também coincide com o período do carnaval, aproveite para arrasar usando leques super coloridos, com brilhos e plumas… Grande ou compacto, de luxo ou descartável, de tecido ou papel, fica a dica de algo estiloso e super útil. #verao #acessorios #chic