Sou suspeita pra falar de carnaval, porque são 18 anos na avenida, 16 deles à frente da bateria, por isso meu coração bate no ritmo da Marquês de Sapucaí, isso é fato! Conheço alguns carnavais de nosso país como o de Recife, Salvador etc, todos eles são espetaculares, porque essa é realmente a festa mais democrática que temos.
Peço licença para falar sobre esse tema, que não é novidade nenhuma, mas sim uma homenagem a todos os carnavalescos: Chico Spinoza, Tarcísio Zanon, Alex de Souza, André Cezari, Fran-Sérgio, Ubiratan Silva, Vítor Santos, Bianca Behrends, Fábio Ricardo, Alexandre Louzada, Edson Pereira, Mauro Quintaes, Annik Salmon, Hélcio Paim, Marcus Paulo, Alex Souza, Renato Lage, Márcia Lage, Bia Lessa, Paulo Barros, Cahê Rodrigues e Leandro Vieira. Esses são os que estão na ativa esse ano no grupo especial do Rio de Janeiro e merecem nossos aplausos, porque conseguem transformar palha em ouro. Por alguns instantes, eles transformam nossa vida em sonho!
Mas hoje quero falar especialmente sobre o Paulo Barros, porque acho que ele merece esse espaço pelo histórico dele no carnaval carioca. Ele é um cara que chegou de mansinho, criou o carro do DNA, que inspira outros carnavalescos até hoje, e mudou o jeito de fazer carnaval – existe um modelo antes e outro depois de Paulo Barros. Ele é um marco!
O Paulo começou na Vizinha Faladeira, onde ficou por dois anos, depois passou pela Arranco, onde ficou por seis anos, em 2003 foi para o Paraíso do Tuiuti, mas foi em 2004 que despontou como grande carnavalesco, quando foi para a Unidos da Tijuca, onde ficou até 2006. Durante essa trajetória de sucesso, ele acumula 4 títulos de campeão: 2006 (Estácio de Sá), 2010, 2012 e 2014 (Unidos da Tijuca).
Não estou dizendo que ele seja melhor que ninguém, porque todos tem o seu mérito, mas não tem como não dizer que o que ele faz é diferente. Na minha opinião, ele é um artista completo. Entre tantos feitos, além do tal carro do DNA, ele colocou uma bateria inteira suspensa na avenida, já fez as pessoas esquiarem no sambódromo, transformou a roupa da bateria na frente do público sem ninguém entender como isso aconteceu – ele faz coisas que só um gênio é capaz !
Claro que tivemos muitos outros carnavalescos importantes, como Joãosinho Trinta, que fez aquele carro emblemático com o Cristo Redentor coberto, que é a cara do Brasil. Mas continuo achando o Paulo um divisor de águas.
Fui campeã com ele na Tijuca, algo emocionante, mas também vi Paulo Barros na Viradouro (lembram da porta-bandeiras com uma saia de roleta de cassino?), Mocidade, Vila Isabel e agora está na Portela… Por onde passou fez coisas incríveis.
Não sei o que vem por aí esse ano na Portela, mas pode esperar que será algo surpreendente, como tudo o que ele faz! #carnaval #amomuito #festabrasileira