Sucesso absoluto no mundo inteiro, “Round 6“, do roteirista e diretor Hwang Dong-hyuk, está prestes a destronar “Bridgerton” e “The Witcher” no ranking da Netflix.
Mesmo quem não se liga muito em programas desse tipo, o que é pouco comum, em algum momento ouviu alguém brincando com a frase “Batatinha frita 1, 2, 3”, que aterroriza logo de cara os participantes do game apresentado na série. A produção sul-coreana mostra a saga de pessoas que estão endividadas e se sujeitam a um jogo que custa a vida para que o campeão fique milionário.
Apesar dos cenários lúdicos e das brincadeiras infantis clássicas usadas como pano de fundo, a série é extremamente violenta, tem que ter estômago para assistir e não se impressionar com a crueldade das mortes. Sem mais spoilers, aqui vão algumas curiosidades sobre esse novo fenômeno do streaming.
- O texto foi escrito em 2009, mas desde então Hwang tem tentado torná-lo realidade, fato que aconteceu apenas agora. Durante todo esse período, “Round 6” foi considerada violenta demais, mas agora, com a mudança do gosto do público, o tema passa a ser visto como intrigante.
- As cores usadas nas roupas dos participantes e dos soldados que controlam o game não foram escolhidas por acaso. O verde vem dos uniformes usados na época de colégio do diretor e o rosa por ser o oposto na Roda de Cores, esquema que organiza os tons de acordo com a temperatura quente e fria. Além de visualmente plástico, esse contraste evidencia que as partes estão cada uma de uma lado e fique claro o papel de cada uma.
- Para organizar a equipe que controla o jogo, o diretor se inspirou na estrutura de um formigueiro, onde cada um tem a sua função. Na série, os que usam macacão rosa com um símbolo em forma de círculo na máscara são os trabalhadores, o triângulo para os soldados e o quadrado para os gerentes. Tudo bem organizado, cada um faz apenas a sua função, já que se alguém furar esse esquema também vai morrer.
- Conforme os participantes vão sendo eliminados, as estruturas onde eles dormiam vão sendo retiradas, fazendo com que as paredes fiquem mais à vista, onde é possível visualizar quais são as provas do game. É tudo tão delicado e com cara de infantil, que a gente nem imagina se tratar de algo absolutamente macabro (rs).
- As escadas do cenário foram inspiradas na obra “Relatividade”, do artista holandês M.C. Escher, onde as leis da gravidade são diferentes do mundo real. Esse fato tem associação direta com o jogo, que coloca em xeque alguns valores da sociedade como amizade, respeito, confiança, reciprocidade, ganância e por aí vai.
- 456 pessoas participaram da primeira rodada do jogo, todos atores, sem qualquer efeito de computação gráfica para multiplicar-los. Para que tudo ficasse o mais verdadeiro possível, inclusive os cenários são reais.
- Diferente do que estamos acostumados a ver em outras produções do gênero, o lugar de músicas tensas que anunciam o terror do momento, em “Round 6” a trilha é bem fofa, o que chega a causar uma confusão de sensações e tudo fica inesperado.
- O nome do personagem Oh Il-Nam, que na série é identificado como 001, significa Homem Número Um em coreano, algo que não foi escolhido por acaso. Como não quero estragar a surpresa, fique de olho nessa informação, porque ela é surpreendente.
- Principalmente por conta do sucesso, “Round 6” tem sido apontada como plágio do filme japonês “As the Gods Will”, de 2014, do diretor Takashi Miike. O longa em questão também mostra um grupo de estudantes que são forçados a participarem de um game que pode custar suas vidas. Eita confusão (rs).
- Segundo o próprio diretor de programação da Netflix disse, se a produção manter nesse ritmo, “Round 6” pode ocupar o posto de título de maior sucesso da plataforma de todos os tempos. Que sucesso hein!
Assista e tire a suas próprias conclusões!