Sabe aquela sensação de que está faltando uma parte de seu corpo quando você sai de casa e esquece o celular? Sim, a gente volta porque não dá para viver desconectada de tudo o que está acontecendo, da agenda e dos aplicativos.
É na contramão dessa loucura que ganha força o movimento Slow Down. E olha o conceito vai muito além da febre pelos smartphones. É um novo jeito de pensar segundo o qual precisamos maneirar no ritmo e em tudo o que consome nosso tempo em excesso inclusive o trabalho, os estudos e por aí vai…
Quer dizer que agora a moda é deixar a vida nos levar? Não… Não se trata de uma justificativa para se acomodar ou ser irresponsável profissionalmente, e sim um convite para uma reflexão sobre o que é essencial. “Slow Down” é um alerta para revermos o conceito da pressa e da necessidade de termos tudo em quantidade e para ontem. Mas… E quem não é assim hoje em dia? Aí é que está o ponto!
É fato que o stress causado pela globalização afeta a qualidade de vida, tanto que a conceituada revista americana Business Week publicou uma matéria sobre o assunto. A publicação cita que os trabalhadores franceses, ainda que trabalhem menos horas – 35 por semana – são mais produtivos que os americanos e ingleses. O mesmo se aplica aos alemães, que em muitas empresas já implantaram a semana de 28 horas de trabalho, viram a produtividade aumentar em aproximadamente 20%. A denominada “slow attitude” (um jeitão mais devagar de ser) tem chamado a atenção até dos próprios americanos, criadores da cultura do “fast” (rápido) e do “do it now!” (faça já!).
De forma muito objetiva, o Slow Down é uma nova proposta de harmonizar a correria da vida moderna com uma filosofia pautada na serenidade, paz interior, saúde mental, física e emocional. Fácil não é, mas, sempre que possível, desligar o celular, curtir mais sua casa, sua família, seus amigos, a natureza. É parar, mesmo que por um espaço curto de tempo, para apreciar coisas simples da vida, um momento, um sentimento, pequenos prazeres do quotidiano, os detalhes que deixamos de reparar.
E não adianta de antemão dizer que você não consegue. O tempo é o mesmo para todos, ninguém tem nem mais nem menos que 24 horas por dia. A diferença está no que cada um faz do seu tempo, é uma questão de escolha.
Para saber mais sobre o assunto, vale a pena conferir o livro Devagar – Como Um Movimento Mundial Está Desafiando o Culto da Velocidade (Record, 2002), que analisa a relação da pressa, com a falta de tempo e as consequências dessa pressão.
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