Se você é do time que passa pelos principais pontos turísticos da sua cidade e não presta atenção nessas preciosidades, sugiro repensar esse descuido, porque você pode estar perdendo de curtir momentos especiais. Prédios, monumentos, parques, museus – quantos locais históricos estão pertinho e a gente nem tchum (rs).
Como nunca é tarde pra correr atrás do prejuízo, a dica é prestigiar a nossa Catedral da Sé, igreja que fica bem no coração de SP, no centro antigo, mais precisamente no ponto zero da capital paulista. É que a cripta dessa obra monumental está comemorando 1 século de existência, e o local está sendo palco de uma série de concertos musicais.
Até março de 2020, o público vai poder conferir uma programação especial composta por 30 apresentações, que reunirão grandes nomes e revelações da música instrumental e do canto coral brasileiros. Os eventos, que acontecem aos sábados, sempre às 16h, são todos gratuitos e acontecem na própria cripta e em outros espaços de acesso restrito da igreja.
A partir da história da Cripta, são destacados repertórios que relacionam diversos momentos históricos de Sampa a partir da Praça da Sé e de sua Catedral. Ganham destaque especial os povos que compõem a cidade, com a presença de grupos de suas diversas origens.
Os concertos tem em média uma hora de duração, com transmissão ao vivo pela internet, uma ótimo opção para quem mora em outra localidade ou não a oportunidade de estar por lá. A agenda pode ser conferida junto a conteúdos exclusivos e a íntegra dos concertos já realizados nas redes do projeto: no Instagram, no Facebook e no site oficial. #turismo #amosp #splovers
Um pouco de história:
Construído e instalado no ano de 1591, o primeiro projeto da Catedral da Sé foi feito em taipa de pilão, sistema rudimentar de construção de paredes e muros que consiste em comprimir a terra em formas de madeira no formato de uma grande caixa, onde o material a ser socado é disposto em camadas. O local escolhido para a “Velha Sé”, como a igreja era chamada, foi definido pelo cacique Tibiriçá, primeiro índio a ser catequizado pelo padre José de Anchieta.
No ano de 1745, a chamada “Velha Sé” teve sua categoria elevada à catedral. Desta forma, tem início naquele ano um projeto de edificação da segunda matriz da Sé, que seria feita no mesmo local da anterior. Porém, foi somente no ano de 1913 que foi iniciada a construção da Catedral da Sé como é conhecida atualmente. Elaborada pelo alemão Maximilian Emil Hehl, professor de Arquitetura da Escola Politécnica, a catedral teve sua inauguração no dia 25 de janeiro de 1954, nas comemorações do Quarto Centenário da Cidade de São Paulo, sem ainda possuir suas duas torres principais.
A catedral da Arquidiocese de São Paulo é considerada o quarto maior templo neogótico do mundo, com 111 metros de comprimento, 46 de largura, duas torres com 92 metros de altura e uma enorme cúpula. Ela tem capacidade para abrigar 8.000 pessoas e em seu acabamento foram usadas 800 toneladas de mármore.